Coleção Sentimentos

Biblioteca do Equoideias: Coleção Sentimentos

Coleção Sentimentos

Coleção Sentimentos

Olá, novamente quero indicar livros interessantes para espaços que trabalham com a Equoterapia.

Os livros poderão ficar disponíveis em salas de brinquedoteca, espaços de espera para os familiares dos praticantes e, também,  para as sessões de Equoterapia, quando o equoterapeuta achar necessário.

A coleção se chama Sentimentos, é composta por 10 livros com 16 páginas cada, da editora Cedic e autor Fabio Gonçalves Ferreira.

Os livros são direcionados para o público de 03 à 07 anos de idade, no entanto, o conteúdo dos livros sentimentos são importantes para todas as idades. Afinal, as histórias abordam sentimentos que estão presentes no cotidiano da maioria das pessoas e ensinam como lidar com as situações.

Os livros são muito bonitos, ilustrados e ao final de cada livro tem um texto escrito por um psicólogo.

Alegria

A alegria é um sentimento relacionado à sensação de prazer, é uma experiência de contentamento com um ser, um momento, uma vivência ou uma coisa que nos produz prazer. O fundamental é que a alegria é um remédio precioso.
Quando uma pessoa está alegre, ela passa a retribuir um valor enorme às coisas pequenas e importantes e, magicamente, tende a não supervalorizar as situações que a fazem sofrer.
Assim, torna-se muito mais fácil conviver e lutar contra uma doença, vencer momentos difíceis, enfrentar desafios e superar barreiras.

Amor

O amor é um remédio contra a inutilidade da vida, porque ele torna as pessoas importantes. Mas para que as crianças aprendam como se ama, é preciso que elas sejam apresentadas ao amor.
Quem nunca foi amado não se torna capaz de amar, porque não tem essa referência. Por isso, devemos prestar atenção ao modo como amamos as nossas crianças.
Precisamos cuidá-las. Cuidar é dar amor, mas também é dar limites. Temos que amar sem banalizar tal sentimento; deixá-las com “gostinho de quero mais”. Ensinar a amar é ensinar a cuidar, porque gostamos de ser cuidados.

Ansiedade

Estamos acostumados a entender a ansiedade como uma coisa negativa, e a achar que pessoas ansiosas são indivíduos nervosos e impacientes. Isso é fato em alguns casos. Mas a ansiedade é um sentimento normal na vida de todos nós.
Ela nos prepara para enfrentar situações de emergência. O problema começa quando a ansiedade aparece em momentos inadequados ou com uma intensidade exagerada.
Esse sentimento de inadequação surge frequentemente na infância, quando os pais ou mestres, por um excesso de zelo ou de severidade, passam aos seus filhos ou alunos a impressão de que eles não são bons o bastante.
É por isso que, ao educar as crianças, devemos evitar rotulá-las como boas ou más quando manifestarem comportamentos inadequados ou realizarem tarefas equivocadamente.

Ciúme

O ciúme é um medo real ou imaginado de perder a pessoa amada, o objeto querido ou a condição boa da qual desfrutamos; é uma reação natural de preservação. Temos medo de perder o que nos é caro e, então, ficamos alertas diante das possíveis ameaças. Tal sentimento, porém, pode ser provocado por uma falta de confiança na outra pessoa.

Para que isso seja evitado é fundamental reforçamos o sentimento de segurança das crianças em relação ao mundo e às pessoas; é preciso ajudá-las a construir uma imagem positiva delas mesmas, ajudá-las a se sentirem competentes, autônomos e responsáveis.

Medo

Ter medo é fundamental! A psicologia evolutiva nos ensinou que só estamos vivos, aqui hoje, porque nossos ancestrais tiveram medo. Os valentões e os fanfarrões da Pré-História morreram sem deixar descendentes.

Os genes que sobreviveram e nos fizeram gente neste mundo foram os genes dos cautelosos, dos que dosaram sua coragem com uma pitada de medo.

Portanto, nós adultos somos modelos poderosos e precisamos mostrar para as crianças que elas podem confiar no mundo, nas pessoas e no ambiente para se desenvolverem. Isto é, devemos ensinar o cuidado sem destruir a confiança e o otimismo.

Raiva

A raiva é um sentimento importante, embora as pessoas a vejam com maus olhos, ela conduz muitas vezes, à indignação. Por sua vez, a indignação conduz o indivíduo à reivindicação, à luta; e o estimula a perseverar e vencer aqueles ou aquelas situações que o limitaram ou ameaçaram.
Porém, a raiva pode também ser destrutiva. Ruim não somente para os outros (isso é óbvio), mas para a própria pessoa enraivecida. Ser capaz de colocar limites à raiva é um elemento fundamental para o amadurecimento. Nesse ponto, os exemplos que os adultos oferecem para as crianças são fundamentais.

Saudade

Sentimos saudade porque nos recordamos de “algo” ou “alguém” que nos despertou emoções fortes de prazer, comoção ou alegria, e porque esse recordar nos faz reviver essas experiências na memória.

Surge nesse momento uma espécie de sentimento de vazio, de ausência, quando sentimos que esse algo ou alguém deveria estar lá, mas não está.

A beleza desse sentimento é que ele pode nos impulsionar para buscarmos um mundo melhor. Quanto mais rico for o repertório de experiências bonitas, amorosas e afetivas que uma criança reúna da sua infância, maior será a chance de ela sentir saudade desses momentos quando se tornar adulta.

Solidão

É importante distinguir a solidão do “estar só”. É possível estar só e em plenitude. O mundo cotidiano tem, no entanto, associado cada vez mais o “estar só” a uma coisa negativa. A solidão, ao contrário do “estar só”, não depende de a pessoa estar sozinha.
É possível sentir-se só em meio a uma multidão, pois a solidão é um sentimento profundo de vazio e isolamento, de sentir-se abandonado, insignificante, rejeitado, sem esperança, inútil, inseguro.
Talvez, a vacina que previna contra futuras crises de solidão seja estimularmos nossas crianças a lidar bem com o “estar só”, a perceber que podem experimentar situações agradáveis e prazerosas quando estão consigo mesmas

Tristeza

A tristeza é inevitável na vida humana. Porém, é só pelo fato de vivenciar o extraordinário contentamento da alegria. Quando educamos as crianças, somos tentadas a salvá-las da tristeza, a privá-las da experiência do sofrimento, da dor e da angústia.
O que não percebemos é que, nosso esforço para livrá-las da frustação, muitas vezes as privamos dos motivadores que irão levá-las a buscar os seus sonhos, a desenvolver as ferramentas para enfrentar a vida e, principalmente, a desenvolver o paladar para experimentar a alegria.
Portanto, cabe a nós, pais e educadores, abandonarmos o desejo de ser “super-homens e supermulheres superprotetores” e ser apenas humanos, permitindo que nossas crianças enfrentem dificuldades para ganhar autonomia.

Vergonha

Há uma relação direta entre o sentimento da vergonha e a ação moral. Nós nos envergonhamos de alguma coisa quando nos avaliamos negativamente diante de um padrão que temos em alta conta.
Começamos tendo receio de fazer alguma coisa errada porque tememos a reprovação daqueles que amamos e, com o passar do tempo, incorporamos esse olhar do outro em nós mesmos. Isso é um processo natural, saudável e completamente diferente de “fazer o outro passar vergonha”, que, durante muito tempo, foi uma prática considerada pedagógica. Ensinar às crianças o sentido da honra é muito mais útil para formar cidadãos do que fazê-las passar vergonha.

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